sexta-feira, setembro 30, 2005

Farol do Penedo da Saudade


Antes da existência dos faróis, eram acendidas fogueiras junto ao mar para avisar as embarcações da sua proximidade com a costa.
Num levantamento de 1866, o capitão de fragata Francisco Maria Pereira da Silva (Inspector de Faróis) antevia a necessidade da construção de um farol nas proximidades do local onde hoje se encontra o Farol do Penedo da Saudade.
Porém só em 1902 veio a ser decidido o local exacto da sua construção, e esta só se iniciou em 1909. Três anos volvidos (mais precisamente a 15 de Fevereiro de 1912) o farol entrou em funcionamento.
A sua torre mede 32 metros de altura e a sua altitude é de 52 metros em relação ao nível do mar.
Se passarem por São Pedro de Moel aproveitem para visitar este farol.
Ficam os links:
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quinta-feira, setembro 29, 2005

Penedo da Saudade


Lenda do Penedo da Saudade

"Segundo reza a lenda os duques de Caminha: D. Miguel Luís de Meneses e sua esposa D. Juliana formavam um feliz casal que vivia uma vida muito recatada no seu palácio, afastado do bulício e das intrigas da Corte e da política bem efervescente naquele ano de 1641.
Mas... certo dia foram surpreendidos por um dos seus criados que anunciou a chegada do senhor Marquês de Vila Real, pai de D. Miguel de Meneses.
D. Juliana teve logo o presságio de que algo de grave se tratava, dado que se levantou empalidecida. Em vão, seu esposo, D. Miguel, tentava acalmar a sua amantíssima esposa. Entretanto, mandou entrar seu pai.
Não obstante o desejo do Marquês falar a sós com seu filho, este insistiu para que a esposa ficasse presente.
«Seja!» - concordou por fim o Marquês de Vila real. O seu aspecto era grave o que deixou o casal ainda mais inquieto. D. Miguel quis saber da visita de seu pai: «O que se passa, senhor meu pai?...»
Este encarou bem de frente o filho e retorquiu-lhe: «Senhor Duque de Caminha e meu filho, chegou a hora de el-rei D. João IV pagar a sua tirania! A conspiração está organizada e dela fazem parte o arcebispo-primaz, o Conde de Armamar, D. Agostinho de Vasconcelos, eu e vós!».
Muito surpreendido, D. Miguel que não havia sido anteriormente consultado, tentou não fazer parte da conjura: «Não meu pai! ... Não fui consultado nem farei parte de tal conjura! ...considero loucura o que ides fazer! ...quereis que a nossa pátria perca de novo a independência?».
O velho fidalgo quase que fuzilou o filho com o olhar: «E se vos der uma ordem?... não deveis trair-nos!». Houve um silencio trágico. O marquês rompeu-o: «Então? Que dizeis á ordem que acabo de transmitir-vos?». D. Juliana assistia atónita e horrorizada ao diálogo trágico travado entre seu sogro e o seu marido.
Cabisbaixo e bastante consternado, D. Miguel, não tendo outra alternativa respondeu: «Só me resta cumpri-la».
Perante a louca decisão de seu amado esposo, D. Juliana caiu desmaiada num canapé, onde, momentos antes, partilhara as carícias do seu esposo que tanto amava.
Gorada a conjura, feitos prisioneiros todos os conjurados, entre os quais estava o Duque de Caminha, seriam encarcerados na fortaleza de S. Vicente de Belém (Torre de Belém - Lisboa).
Aí, no silêncio da noite, estendido nas palhas putrefactas do cárcere, D. Miguel tomou noção da sua fraqueza em ter acedido às ordens de seu pai! Tomou então a decisão de escrever a el-rei pedindo-lhe perdão: «Senhor meu Rei: Pedir perdão de um crime que não cometi é bem mais doloroso e cruel do que me sentir culpado. Mas, Senhor, de um só delito posso e devo ser acusado: não denunciei meu próprio pai. Procedi com deslealdade para com o meu Rei... mas que espécie de coração seria o meu, se fosse denunciar aquele que me deu a vida? Não quero ser tido como traidor para com o meu Rei. Mas também não poderia ter sido parricida! Que a vossa magnanimidade possa compreender a minha angustiosa situação, é tudo quanto vos peço e espero de Vós, da vossa misericordiosa bondade.»
Recebeu o rei a carta de D. Miguel. Leu-a atentamente. Mas sabia que não poderia fraquejar numa altura em que o seu trono não estava ainda bem alicerçado. O perdão não foi concedido.
Foi a vez de D. Juliana Maria, duquesa de Caminha, ir lançar-se aos pés do rei de Portugal. Vestiu-se com simplicidade e sem joias. Levava o rosto molhado de lágrimas e a sua voz era dramaticamente suplicante: « Senhor! Senhor meu rei! Se tendes coração, escutai os rogos desta pobre mulher que vedes a vossos pés! Juro-vos, Senhor, que o meu marido está inocente! Assisti á conversa do marquês de Vila Real com o duque. Sei como ele lutou para não pertencer ao grupo dos que estão condenados. Lutou até ao último momento. Mas a vontade do pai foi mais forte. Senhor, libertai-o! Servir-vos-á com fidelidade, juro-vos! E a felicidade voltará de novo ao meu lar agora desfeito!»
Por momentos o rosto do rei tomou uma expressão menos dura. Dir-se-ia que ia ceder. Mas, na realidade, o facto teria que ser tomado como lição. D. Miguel de Meneses subiu ao cadafalso e com a morte pagou a fidelidade que o ligava a seu pai.
Inocente?... Culpado?... a decisão fora sua!
Para o povo, ele estaria inocente e pagou pelo crime do pai.
Refugiada em S. Pedro de Moel, a jovem viúva, ia todos os dias chorar as suas desgraças num penedo solitário. Ela e o mar! Ela na grandeza da sua dor, perante a imensidade das águas oceânicas! Os seu soluços e as ondas marulhando formavam uma orquestra. Falava sozinha, por vezes. E a brisa levava ao infinito as suas lamentações: «Miguel, meu amor, nunca mais vos verei! Como posso viver sem vós, meu querido esposo? Como não me faz estoirar o coração esta saudade que me sufoca?...»
E era assim, muitas vezes, a balada dolente, a trágica canção de saudade que o mar acompanhava.
Perante tamanha dor, o povo de S. Pedro de Moel, passou a chamar àquele rochedo, o Penedo da Saudade.
Há quem afirme ainda que, ao escutar nesse rochedo os murmúrios do mar, pode distinguir também, como em eco, as lamentações da duquesa de Caminha..."
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quarta-feira, setembro 28, 2005

Azul Cinzento


"Os pés na terra e a cabeça nas nuvens!"
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terça-feira, setembro 27, 2005

De volta à Mizarela


Depois de ter visto todo o negro cinza que o fogo espalhou pela Freita, nada como uma descida até às profundezas da Frecha da Mizarela para despertar o ânimo.

Fui acompanhado por dois grandes aventureiros e foi espectacular voltar lá abaixo.

Como podem comparar, entre este post e outro que tenho da Frecha (com o título Imponência), a água que por aqui corre é pouquinha. Mas isso permitiu-nos, com algumas acrobacias à mistura, estar mesmo por baixo dos 60 / 70 metros de altura desta queda de água. Que tarde magnífica!!!!

Beijinho à minha Mioseira companheira de todas as aventuras;
Abraço gand ao nosso migalhaço Xu (um verdadeiro Aventureiro)!

Visitem os blogs deles:
www.aldeiasperdidas.blogspot.com
www.photoblog.net/xudefender
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segunda-feira, setembro 26, 2005

A Janela


Foi este o cenário que encontrei no meu regresso à Serra da Freita. O fogo deixou um cenário negro, de destruição!
Esta janela é o pouco que resta de um pequeno aglomerado (de 6 / 7 casas) que o fogo destruiu... Agorá só existem as paredes grossas de pedra que ainda não ruíram. Não há telhados, não há soalho, não há mais nada a não ser um monte de escombros e de recordações que alguém guardará. Recordações de ver daqui o Sol a esconder-se atrás da montanha, de ver o verde da floresta e de sentir o cheiro que não o da cinza!
O Blog Aldeias Perdidas está com nova cara e mostra-vos muito mais acerca do que foi e do como está agora a Serra da Freita. Toca a visitar:
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quinta-feira, setembro 08, 2005

Templo das Siglas


A Igreja de Santa Maria da Ermida de Riba Paiva, fica situada no conselho de Castro Daire.
É uma igreja de estilo românico, datada da 2ª metade do Séc. XII, e está catalogada como Monumento Nacional. Aqui existiu em tempos um mosteiro que foi fundado pelo monge e poeta, D. Roberto!
É também chamada de Templo das Siglas porque, no exterior, todas as suas paredes estão cobertas com sinais talhados na pedra.
Vale bem a pena visitar!
Fica o link:
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quarta-feira, setembro 07, 2005

Ponte de Manhouce


Desde que conheci esta aldeia já lá voltei umas 3 ou 4 vezes. É uma zona lindíssima e com pontos de enorme interesse!
Esta é a Ponte de Manhouce uma construção que foi sobrelevada, construída sobre pré-existência romana.
A sua origem remonta aos Séc. 2 a.C. / 1 d.C., quando teráo sido fundadas as prováveis balizas cronológicas da construção da primitiva Ponte de Manhouce integrada na Estrada Imperial, denominada Via Cale, que ligava Emerita Augusta (Mérida) a Bracara (Braga), passando por Viseu.
Mais tarde, a 27 de Abril de 1689, Manuel Álvares da Cunha arrematara, em Viseu, a construção de três pontes, por 890$000. Duas em Manhouce e outra em Trapa.
No séc. 19 a estrada ainda era utilizada por almocreves e gado bovino, considerada a principal via de acesso do interior ao Porto, conhecida por Estrada dos Almocreves ou Estrada do Peixe.
Já em 1975 a Ponte foi mutilada e carregada com 2m de aterro e pedras para a nivelar relativamente à estrada.
Dá que pensar; quantas vezes passamos por estes monumentos e não temos nenhuma noção da sua importância histórica. Posted by Picasa

quinta-feira, setembro 01, 2005

Regoufe


Este é um dos lugares mais emblemáticos da Serra da Freita.

De Arouca dirijam-se a Regoufe e comecem por visitar a antiga exploração mineira de volfrâmio. O antigo complexo mineiro foi explorado pelos ingleses durante a 1ª GGM, agora restam as ruínas e ainda alguma (pouca) maquinaria.

Depois dirijam-se ao café da Tia Ilda e abasteçam para um dos percursos pedestres:
- o PR 14 "A Aldeia Mágica" liga Regoufe à aldeia de Drave;
- o PR 13 "Na Senda do Paivó" liga Regoufe a Covêlo de Paivó.

No começo desses percursos passarão pela Capela de Santo Amaro e depois vão adorar qualquer um dos percursos.

Fica o link:
www.aldeiasperdidas.blogspot.com
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